sábado, 10 de dezembro de 2011

TANTA TEVÊ

Fabíola Farias me conta que recebeu o funcionário do IBGE que, depois de saber que havia uma TV na casa, espantou-se: “Mas não são X pessoas, X cômodos... por que APENAS uma televisão?”
Ela já foi a Rainha da Sala, elogio irônico que dava conta de sua recém excessiva influência nos lares brasileiros. Isso nos anos 1070, creio. Hoje... Três situações para ajudar a dimensionar seu reino:
1 – O pequeno bar tem uma TV ao fundo e um rádio à porta. Ambos estão sempre ligados. Eu tentava argumentar com o proprietário: “Ninguém está assistindo, desliga isso, deixa só som.” Ele contra-argumentava que um freguês poderia ainda entrar e... O barulho tornou-se insuportável.
2 – Primeira manhã em um ótimo flat em Natal/RN. Sento-me pro café e a maldita, ligada, dava notícia de alguém que matara o vizinho porque este havia chutado o cachorro... Pedi ao funcionário que a desligasse, ninguém estava assistindo. Indignado com meu pedido, quase me perguntou de que planeta eu era, antes de negá-lo.
3 – Primeira noite em um ótimo flat em Jaraguá do Sul/SC. Sento-me ao balcão para uma cerveja enquanto espero Carlos Schroeder. Eu e duas funcionárias. Pergunto por que a danada, lá longe, está ligada, se é ordem da gerência... A simpática Ilza diz que “é assim mesmo. Meu filho, em casa, também só desliga quando o padrasto chega, às 11 da noite”.
Nossos comerciais.

2 comentários:

  1. Fala, Sergio. Coloquei um link do seu blog no papolivro.blogspot.com. Abraços. Thiago

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  2. É uma merda. E parece que só piora, as pessoas abriram a porta pra essa Grande Vampira e deixam sua alma ser levada sem resistência...

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