segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

DAS FERRAMENTAS DO AMOR


Rita Pavone fez bastante sucesso como cantora nos 1960/70. Lembro de ter visto ao menos um filme com ela, algum faroeste, se a memória não me envergonha. Uma de suas canções mais populares era Datemi un martello. Esta expressão nunca me saiu da cabeça. Moça simpática procura martelo. Para quê? Esta semana lembrei de perguntar a ela. Vejam a resposta:
Datemi un martello. / Che cosa ne vuoi fare? / Lo voglio dare in testa / A chi non mi va, sì sì sì, / A quella smorfiosa / Con gli occhi dipinti / Che tutti quanti fan ballare / Lasciandomi a guardare / Che rabbia mi fa
Ou seja: Deem-me um martelo / o que você quer fazer? / quero bater na cabeça / de quem não gosto / daquela dengosa / com os olhos pintados / que todos tiram para dançar / deixando-me a olhar / que raiva me dá
Não satisfeita em acabar com a concorrência, nas próximas estrofes ela ainda quer quebrar a cabeça dos casais que dançam no escurinho ao som de música lenta; quer quebrar o telefone que vai servir para sua mãe lhe chamar e, finalmente vai aplicar “Um golpe na cabeça, / A quem não é dos nossos / E assim a nossa festa / Mais bonita será, / Seremos nós somente / E seremos todos amigos, / Faremos juntos os nossos bailes / O surf,  o hully gully / Que força será...”
A moça era determinada: nada de duelos ao nascer do  sol. Ou, mais doméstico: "Ritinha, vou pendurar o quadro na parede - me passa o martelo."



Um comentário: