quarta-feira, 4 de julho de 2012

PATRUS E A CULTURA


  
   Os jornais informam que a partir desta terça-feira 3 de julho Patrus Ananias é o candidato do PT à prefeitura de BH. Isso é relevante para o setor cultural da cidade. Para outros também, claro, mas puxo pelo fio esgarçado da minha memória para entender a novidade.
   Eleito prefeito de BH, em 1992 (com minha modesta militância e voto convicto), deu início a um período de  renovação das relações políticas que só foi interrompido recentemente por Fernando Pimentel. Funcionário da então ainda jovem Secretaria de Cultura, pude participar de um momento especial para a cidade. Foi durante seu governo que surgiram o Festival de Arte Negra, a Bienal Internacional de Poesia, o Festival Internacional de Teatro, a política de implantação de centros culturais, diversos projetos para a música e a cultura popular, enfim, foi preparado o campo para que BH assumisse o papel que lhe cabe no cenário cultural brasileiro.
   Depois Patrus foi fazer outras coisas.
   Em 2010, anunciou sua disposição de concorrer ao governo do estado. Ajudei a organizar, ao lado de Tadeu Martins, uma reunião pública com o setor cultural. Fiz isso, mesmo estando há muitos anos afastado da militância política, porque acreditava que Patrus era o último político para quem eu ainda trabalharia com "o coração tranquilo". No meio do caminho ele acabou saindo como vice de uma chapa que não me interessava nem um pouco; voltei minha atenção para coisas mais importantes e deixei aquilo de lado, de novo.
   Agora ele está aqui novamente. Quando me conquistou, em 1992, eu estava com 8 anos de prefeitura e uma looonga vida pela frente. Hoje estou com 27 e meio. Espero que ele trabalhe, antes da eleição, coletivamente, um bom programa para a Fundação Municipal de Cultura, também ainda jovem.

2 comentários:

  1. Serginho, também torço para que ele volte com sua energia, cultura, compromisso ideológico profundo e seu grande traço humanista. Que você possa fazer muito mais que já faz pela cultura de BH.

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  2. A esperança que já é bela em si, fica ainda mais bela e fértil, quando renasce no coração do poeta

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