Fui para São Paulo dia 25/11 participar da Balada Literária
a convite do Marcelino Freire.
Antes, já no Centro Cultural Itaú, me encontrei com Fernando
Bonassi e Elvira Vigna e Roberto. Marçal Aquino também apareceu para o café. Às
17h subi para meu compromisso, mesa com Ferréz, Sheyla Smaniotto, mediada por
Wilson Freire e participação d poeta Thiago Cervan.
A conversa foi boa. Tive a oportunidade de dizer em público
o que sempre digo nas oficinas que dou e entre amigos: há muita gente
publicando poemas sem o mínimo trabalho de linguagem; qualquer “achado” se
transforma em “poesia” e poetas surgem do nada a todo instante, trazendo nadas
na bagagem. Da plateia, Nelson Maca replicou, mas já não havia tempo para a
tréplica. Antes de me despedir, anunciei o lançamento, para breve, do zine antirreligioso
"Bellzebuuu", editado por mim e Adriane Garcia.
Viajei com a fraca determinação de não aceitar mais convites
para mesas com tema e público gerais. Apesar do prazer que tenho quase sempre,
estou com uma forte impressão de futilidade. Gosto de conversar com outros
escritores, amigos ou não, mas este tipo de evento começa a me dar uma sensação
de vazio e perda de tempo. Prefiro sair de casa para trabalhar – com jovens
escritores, professores e estudantes, por exemplo.
Após a mesa fomos lanchar, ótima noite com Fernanda,
assessora de imprensa da editora Jovens Escribas, Bruno e Mozart Brum, Carlos
Fialho, Patrício Júnior e Luiz Roberto Guedes.
Sábado, às 11h, fui ver a mesa do Renato Negrão, Nelson
Maca, Miróe Ernesto Dabó, da Guiné-Bissau, mas tive que sair aos trinta minutos
para encontrar Marçal. Sentamos num bar de calçada na região da estação Ana
Rosa, a velha sempre renovada prosa sobre literatura e vida.
Às 15h voltei pra Paulista, fui com Guedes almoçar uma
omelete na Brigadeiro. Fizemos uma resenha da sexta e trocamos mais impressões
sobre nossos trabalhos atuais.
Após descansar no hotel, às 19h reencontrei o Guedes; fomos
juntos para o Estúdio Lâmina, onde ocorreram duas mesas simultaneamente
(funcionou bem): Fernanda D’Umbra mediou para Jorge Filholini, Aline Bei e
Marina Filizola; Vanderley Mendonça e Gabriel Kolyniak conversaram com Cláudio
Willer, Gustavo Benini e Roberto Bicelli. Em seguida uma bela (um pouco longa,
na minha opinião) performance da Sofia Freire (teclado e voz). A “Ocupação
Jovens Escribas” foi a apresentação e venda de nossos livros e um papo rápido
de cada um com Marcelino, aproveitando a plateia do show
mais esperado (por mim) da noite: a banda de blues e rock Fábrica de Animais,
com a Fernanda D’Umbra. Bella notte,
como sempre diz o Guedão, muitos amigos antigos, muita gente nova, ambiente de
boas vibrações.
São Paulo nunca decepciona.
Bom acompanhar esse trajeto, já que não estive lá com meu amigo, fico estando lá por aqui. Beijo.
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