segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

SAUDAÇÃO AOS NOVOS (FMC)

   Algumas postagens recentes, no facebook, do meu amigo Rodrigo Teixeira, me animaram a fazer esta singela saudação.
   Em janeiro, completo 29 anos de serviço público na cultura, em Belo Horizonte. Para comemorar, quero falar dos colegas que chegaram nos últimos quatro anos na Fundação, através do concurso específico.

   Minha primeira boa impressão foi perceber, numa reunião de trabalho do nosso departamento de bibliotecas, o amor que vários deles têm pela literatura. São bibliotecários e especialistas em diversas áreas, alguns deles também escritores, quase todos leitores intensos.
   Durante a greve deste ano, conheci outros, de outros departamentos: jovens politizados, articulados, participativos, alguns com forte espírito de liderança. Pela primeira vez, a Cultura foi citada nas assembleias gerais. Atuamos no sentido estrito das reivindicações, mas eles também criaram momentos de alegria com canções, fantasias e cartazes.
   (Quando a prefeitura pensou em nos deslocar, nós que estamos desde o tempo de "secretaria de cultura", eles, ainda "novos de casa", mantiveram uma prudente e compreensível distância de nossa resistência.)
   E há o pequeno grupo de colegas de sala (além dos vários outros espalhados pelas bibliotecas), garotas inteligentes, empenhadas, que mantêm o bom humor para trabalhar, apesar das agruras que a rotina do serviço público nos impõe.
  Por essas (e quase nenhuma outra), ainda é um prazer trabalhar diariamente na prefeitura e fazer coisas boas pela cultura de minha cidade.
   Acrescente-se a esta satisfação pessoal a convicção de que esta geração promete ser tão combativa quanto fomos. Sempre houve movimentos para eliminar a Cultura, ou ao menos rebaixá-la. Parece que, se ainda tentarem, ainda encontrarão resistência, mais uma vez.

5 comentários:

  1. Pois é, meu caro, acho que tem por aí, 29 ou 30 anos que te conheço. Bela carreira na cultura. Abração

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    1. obrigado, Adilson. É bom ver que você também continua enfrentando as hostes da mediocridade.

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  2. No que depender de mim e do meu amor pelo que fazemos, ainda teremos o prazer de trabalhar ao seu lado fazendo boas coisas pela cultura e pela literatura nessa cidade. O texto me abriu um enorme sorriso.

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    1. Sorrir é uma ótima arma contra o mal, Martin. Vamos nessa!

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