sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Se um Calvino...

 

  Há alguns muitos anos, o escritor Francisco de Morais Mendes me emprestou seu exemplar de Se um viajante numa noite de inverno; antes, falou bastante sobre sua própria leitura do romance. Demorei a começar a minha. Li um tanto e interrompi (já não me lembro do motivo). Alguns dias atrás retomei-o, terminei agora. 

   Enquanto isso... O escritor Ernani Ssó realizou seu sonho de adolescente ao traduzir para o brasileiro o Dom Quixote. A ótima edição saiu no fim de 2012; estou lendo. Conversando com ele e lendo seus artigos no coletiva.net, adquiri a chave para não me aborrecer com a saga de Cervantes: o humor. O Quixote sempre chegou aos meus ouvidos, a vida toda, como "o clássico", o que o revestia de muito respeito, dificuldade e, com certeza, chatice. Quando decidi encará-lo, na tradução dos viscondes portugueses, não me decepcionei: desisti com duas horas de leitura (e havia separado um fim de semana inteiro para dar partida da leitura).
   Se um viajante é muito melhor se você usar esta chave: é uma ótima brincadeira (com tudo o que o Calvino traz em todos os seus textos - quem já leu sabe) sobre a escrita e a leitura literárias, sobre a construção de um romance, sobre o mercado editorial (produção, tradução, edição, marketing...). Me diverti muito, o tempo todo.
   Há muito mais ali. Deixo aqui apenas a dica, se me permitem.

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