quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

COISAS DO FUTEBOL

   
   Acabo de ler Santa Bola, livro de causos de futebol vividos e relatados pelo gente boa Rui Guimarães, irmão do meu camarada Ronaldo Guimarães. Não tem a mínima pretensão de ser literatura, é prosa de boteco entre amigos. Li com prazer - e o que mais poderia querer?
   Rui é filho do professor Rui Guimarães, que me ensinou datilografia e era colega de meu pai no IMACO. 
   Meu pai era boleiro. Fundou, com seus amigos, dentre eles meu tio Fernando, em Sabará/MG, em tempos idos, o Farol, que de time virou também clube social (e tem participação importante na minha vida)
   Eu fui peladeiro, de rua, até os quinze anos. Nesse meio tempo, treinei no Atlético, com seu Zé das Camisas e no Farol, com o Ivo. Criei um time na Álvares de Azevedo, minha rua. Havia também as peladas no Florestinha e, mais tarde, com a turma da SMC. Esta é toda minha carreira como atleta de futebol. Até pouco tempo gostava de assistir pela TV; gostava de ir ao Campo do Sete ver os jogos do Coelho, tomar uma cerveja com os amigos; tentei torcer pela Seleção até a última Copa... E acho que é só.
   Mas o mais importante, o que ninguém sabe, é que meu pai tinha um chute poderoso. Isso encantou minha infância e me encanta até hoje. Era um truque que, segundo ele, chegou a derrubar um adversário que estava na barreira de uma falta: ponta esquerda, canhoto, ele vinha correndo como se fosse chutar com a direita; pouco antes da bola, fazia um giro e fuzilava com o calcanhar da canhota! Sensacional! Eu o vi, já sem o mesmo poder, claro, fazer isso várias vezes. Só meu pai mesmo.

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