quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

COM O POVO DE POÇOS

Passei os dias 17 e 18 de dezembro em Poços de Caldas/MG trabalhando com 30 profissionais ligados ao livro, leitura, literatura, biblioteca e educação. O tema seria “mediação”, mas acabamos, para o bem geral daquela nação, extrapolando-o.

Iniciei com a apresentação de minha trajetória pessoal que é, de certa forma, um bom exemplo do que o contato com os livros desde a infância pode fazer com o sujeito: tornei-me escritor e vivo, integralmente, dentro e em torno da literatura. Em seguida, cada participante também falou de si, sua relação com os livros, sua iniciação, sua biografia. Isso é fundamental para que o grupo entenda que as histórias de cada um podem ser muito, muito diferentes – ou não. E é no reconhecimento do outro (essência da própria literatura), que começamos a entender melhor o papel que queremos e podemos desempenhar.

A coincidência e a diversidade de títulos e autores citados dão também um sinal de que as trajetórias têm suas marcas próprias. Você pode entender melhor uma pessoa sabendo o que ela lê.

Além de lermos juntos, afinando entonações, ritmos e quetais, iniciamos uma movimentação para que as auxiliares de biblioteca se organizem como um grupo. Apesar de serem todas funcionárias (havia apenas 3 homens, infrequentes) concursadas da prefeitura, só ali tomaram conhecimento de detalhes das realidades das colegas. Este foi um “desvio” surgido do grupo; eu apenas abri espaço na minha pauta para que ele fosse melhor explicitado. Antes de retomarmos as leituras, elas marcaram uma reunião e indicaram as primeiras ações a serem desenvolvidas por uma comissão formada na hora.






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