terça-feira, 27 de junho de 2017

SOBRE A ELEIÇÃO DE 2018

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     Reflexão obrigatória após um ano de governo golpisto.

     Primeiro: ninguém dá um golpe para devolver o poder dois anos depois. Mesmo que se consiga fazer o desmonte e a entrega encomendados, sempre haverá um osso a mais para roer, uma teta para mamar, uma veia para sangrar. Então haverá um casuísmo para que não se realize a eleição, ou teremos uma eleição digna do Bananão, ou seja, de comédia B.

     Segundo: o jogo para se concluir o golpe (quem é Michel Temer para ser o titular!) pode precisar da jogada chamada eleição indireta. (Não me falem mais em constitucionalismo; menos cinismo, por favor.) Que é a indicação do presidente da república pelo congresso. Esse congresso. Que legitimou o golpe. Que dá nojo, se se sente o hálito. Que envergonha qualquer cidadão com mais de três neurônios. Que... não merece mais comentários. Aqueles pulhas (não me venham com “nossos representantes”. Basta checar os patrocínios de campanha, as promessas, os projetos apresentados e os votos dados para ver quem eles realmente representam) vão novamente encher as burras para escolher o presidente.

     Terceiro: então que se façam eleições diretas, já, ou ano que vem, mas diretas.

     Quarto: se for esse o caso, qual candidato? Para mim, aquele que se comprometer com as bandeiras socialistas, ou o mais perto disso com dignidade. “Ah, mas o Lula era assim e depois mudou.” Concordo e ele tem essa dívida comigo, então, Lula não. Que seja outro. Mas se ele se candidatar e defender nossas antigas bandeiras, terá meu voto pela terceira vez (1989 e 2002), com convicção. Por que ele e não outro que também defenda as mesmas bandeiras? Porque ele já sabe como funciona a máquina e, principalmente, já teve muito tempo para errar. Não seria besta de errar de novo.

     Quinto: os erros do PT e do Lula não foram se envolver ou não evitar ou não acabar com a corrupção; foram se afastar do socialismo, das causas populares, da mudança radical do modo de fazer política, da ideologização da vida, da politização da sociedade.


     Sexto: ou então que venha a Revolução. Enquanto os ricos, velhos e novos, conseguirem eleger e depor quem querem, viveremos sempre neste vai-e-vem do Bananão. Era bom se eles sumissem.

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