segunda-feira, 11 de agosto de 2014

VALE A PENA FAZER OFICINA LITERÁRIA?

   Após divulgar a oficina que oferecerei no Espaço Cultural Letras e Ponto entre agosto e outubro deste ano, fiquei pensando se ainda vale a pena esse esforço... Semestre passado, pela primeira vez em cinco anos, não se formou uma turma. Em Santa Catarina quinze pessoas se inscreveram para trabalhar comigo em maio e junho, vinte horas. Em São Paulo, parece, oficinas são uma rotina. Aqui em BH o movimento é bem menor, quase nulo (até onde sei).
   Quando comecei a escrever e publicar, tive poucas orientações de leitura, esparsas, nenhuma de escrita. A primeira experiência concreta foi com o escritor Francisco de Morais Mendes, que repassou comigo os originais (caóticos) da minha novela Diz Xis, em 1990. A partir daí a troca de originais para leitura crítica se intensificou com vários outros amigos. Até que em 2004 dei uma oficina no Festival de Inverno da UFMG, em Diamantina. Desde então venho buscando afinar meu olhar, entender melhor o que é esse processo para dar o melhor de mim em cada oficina, para cada um dos oficineiros que me procuram.
   Se tivesse participado de algumas oficinas quando comecei a rabiscar versos, com certeza teria queimado etapas de aprendizado solitário, batido menos a cabeça no muro, dado menos murros em ponta de faca...
   Por isso, sempre que há a possibilidade de oferecer uma oficina de escrita ou leitura, volto a essas reflexões para chegar à mesma conclusão sempre: ainda vale a pena!

Um comentário:

  1. Vale sim! Elas fazem a gente avançar 598329 passos de aprendizado. A voz escritora da experiência faz muita diferença pra quem está tentando escrever alguma coisa que se aproveite, hehe :))))

    ResponderExcluir