quarta-feira, 16 de outubro de 2013

POETA LUIS OLAVO FONTES

   Antes de começar este comentário, fui buscar foto do poeta na web; achei uma ótima entrevista feita por Masé Lemos em 2009 para a "Z Cultural". Em alguns minutos de leitura, fiquei sabendo mais sobre o LOF que em todos esses anos em que conheço sua poesia - e que nos últimos cinco dias, quando li a coletânea Papéis de viagem (editora Seis, 1993), que reúne sua produção poética de 1973 a 1981.
   (Por uma ótima coincidência, estou ouvindo pela primeira vez a banda Bubble Puppy, um álbum de 1969.)
   No início dos anos 1980, recebi, certamente por indicação da Leila Míccolis, dois livros do carioca Luis Olavo Fontes: Papéis de viagem e Tudo pelos ares. Gostei do que li e continuei gostando até hoje; guardo meus exemplares com carinho e, volta e meia, releio-os com o mesmo prazer de sempre.
   Num momento inicial da leitura da coletânea, no ônibus subindo a rua da Bahia, manhã de sol e sexta, me perguntei por que essa poesia ainda me encanta, mesmo que o leitor exigente de hoje, com vinte anos a mais de experiência, perceba nela alguns cacos/vícios/desleixos. A resposta veio um quarteirão depois (acima da Afonso Pena): empatia.
   Sem cair na besteira de me incomodar tentando analisar a poesia do Luis, me dei conta de que ela é/reflete muitas das coisas de que gosto, dentro e fora da literatura: ritmo, rock'n'roll, leveza, velocidade, achados, filosofadas, beleza, imagens surpreendentes, viagens... e, muito muito especialmente, um grande amor pelo ser humano e pelo planeta.
   Terminei agora há pouco o livrão que juntou doze livros dos anos 1970. Semana que vem vou relê-lo marcando meus poemas preferidos. E em algum momento, depois, vou criar uma situação para dizê-los em voz alta.
  
   

Um comentário:

  1. Que grande curiosidade deu sobre esse poeta e sua escrita. Tomara sejam ditos em voz alta mesma, lembrando o tempo em que saraus eram mais comuns e podia-se embebedar de poesia e esse prazer que ouvi-la propicia.

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