quarta-feira, 12 de setembro de 2012

QUER PARAR DE FUMAR? PERGUNTE-ME COMO!

  
   Ex-fumante há quase dois anos, estou me tornando uma lenda, digo, referência para alguns amigos que querem, mas ainda não conseguiram parar. Às vezes algum me pergunta qual foi o truque (obviamente tentando diminuir a importância do meu gesto), ou a receita (achando que a um clique se resolve tudo); às vezes sou eu que tento sensibilizar alguém afirmando que agora estou me sentindo muito melhor (ex-fumante é um chato, não tem jeito, está na essência).
   Há alguns dias, uma cliente, digo, leitora, melhor, facefriend, implorou que eu a ajudasse com o problema (dela). Prometi pensar no assunto e como faço isso melhor (rsrsrs) escrevendo, vou me esforçar aqui para contar minha história (opa, boa, a coisa vai se complicando) e meu método revolucionário para a libertação total (não disse eterna) do vício maldito, mais conhecido como tabagismo.
   Comecei a fumar com os amigos da Turma da Marieta (Machado, rua em Sabará), quando tinha uns 11 anos de idade. Significava, aos sábados à noite, comprarmos um Arizona e, encostados na Ponte do Géo, cometermos o terrível crime como gangsteres num filme noir. Só comprei o primeiro maço quando recebi o primeiro salário (gosto de pensar que isso é verdade, mas não garanto nada); antes costumava roubar o Minister do meu pai, dentro de casa. Da adolescência em diante fumei normalmente. Optei pelo Hollywood. (Certa madrugada, já fumante inveterado, tive um acesso terrível de tosse. Decidi que precisava fazer alguma coisa. Mudei para o Free, que se anunciava como mais fraco.) Foi um tempo em que fumar fazia parte da vida social.
   (Ops, uma informação relevante: eu fumava "escondido" dos meus pais. Uma noite, sozinho, bebendo e fumando na varanda, não percebi que eles estavam chegando - me viram no meio de uma tragada; não falaram nada e a vida continuou.)
   Tive, acho, todas as crises de querer parar; somos todos iguais. Mas parei por três períodos maiores: 6 meses (engordei 10 quilos), 4 e 11 (voltei com um traguinho num domingo de sol perfeito na praia em Arraial D´Ajuda). Ter conseguido esses 11 meses foi o que me fez acreditar que um dia eu pararia de novo, para sempre (outra ilusão - a gente para até o próximo cigarro não fumado).
   Por alguns meses antes de 25/10/2010, percebi que estava fumando mais do que o razoável. Uma medida que dá ideia do ritmo: dois cigarros para cada latinha de cerveja. Esta percepção foi o sinal que me informou que o momento de parar estava próximo. Não era uma fantasia autocomplacente, era uma convicção, a visão de um processo. 
   Convidado para um evento em Blumenau/SC, onde ficaria em hotel, aproveitei para dar um pulo em Porto Alegre/RS, onde ficaria na casa do Ernani Ssó. Esta foi a marca que escolhi para parar: 25 de outubro, segunda-feira (clássico), véspera da viagem. "Os gaúchos têm tradição anti-tabagista" é uma bobagem que o Marcelo Carneiro da Cunha me dissera antes, mas que neste momento me valeu. 
   Bem, frases são parte do meu método infalível (cof, cof) para largar o cigarro.
  (Depois continuo, deixa recobrar o fôlego.)
  

2 comentários:

  1. Ainda bem que você tinha parado, Sérgio. Fumaça aqui em casa só a da gordura da picanha pingando na brasa.

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  2. Parei de fumar, troquei de hábito. Adoro fazer o fumace, então pesquisei e mudei para cigarro eletrônico.
    Não compre aquele que parece com cigarro, ele não funciona. Procura por um desse:

    http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-439344397-2-bateria-900mah-ego-com-atomizador-ce4-_JM

    Experiencia que indico a todos.

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