Em 1981, a convite do meu amigo e também primo Leonardo Cruz de Viterbo, fui assistir ao ensaio da Orquestra Sinfônica Mineira, cuja sede ficava na avenida Santos Dumont, centrão de BH. Enquanto os músicos trabalhavam, os visitantes desfrutavam dos serviços do bar; depois todos se reuniam - sempre sob a batuta do Ângelo, maestro e idealista daquela iniciativa. Frequentei os ensaios e as farras durante todo aquele ano. Realizamos festas e saraus. Num desses, ouvi, pela primeira vez, Ângelo, já bêbado, declamar Navio Negreiro e Tabacaria, de memória.
Em algum momento, naquele 1981, escrevi um poema chamado Orquestrai, que dediquei a ele.
O tempo passou, nos vimos muitas e boas vezes, mas também ficamos muitos anos sem nos ver. Fui reencontrá-lo como gerente do restaurante (é/era muito mais que um restaurante) Quinta dos Cristais, em Sabará, nas terras que foram um dia o sítio do meu tio Victor Fantini (que eu frequentei, quando criança).
Poderei guardar muitas lembranças boas desse camarada.
você chegou a filmar o Ângelo declamando alguns poemas? Estou compilando os videos dele na internet para a família.
ResponderExcluir