Há alguns dias, Ricardo Aleixo trouxe novamente à tela o fato de que Belo Horizonte/MG realizou um excelente evento de poesia, em 1998, e perdeu a oportunidade dar-lhe continuidade. Foi abortada sua segunda edição e ficou por isso mesmo.
Funcionário da então Secretaria de Cultura da Prefeitura, eu estava na coordenação daquela 1ª Bienal Internacional de Poesia (ainda na fase de pré-produção, optei por ficar com uma tarefa menor), ao lado de Marcelo Dolabela e RA. Participei de todo o processo, um dos grandes momentos de minha carreira funcional.
Desde então, a cidade teve momentos mais ou menos interessantes na relação com a poesia.
Em 2005, Ricardo enviou uma carta aberta ao vereador Arnaldo Godoy, ex-secretário municipal de cultura. Nela, expõe os fatos que o levam a não deixar calada uma verdade que tem se mantido sob o tapete todos esses anos (reproduzo sua íntegra na próxima postagem).
O que se reivindica é uma posição coerente com a importância da cidade, de sua história, de seus poetas, produtores e possibilidades.
Por tratar-se de política pública, exige uma resposta do poder público, claro, mas também e principalmente dos setores da sociedade diretamente interessados no tema.Continuo funcionário da Cultura da prefeitura. Acho que Ricardo está certo e já deu provas de que tem competência e disponibilidade para contribuir no processo de construção da 2ª Bienal Internacional de Poesia de BH.
Diálogo aberto.
Só faço uma restrição: o nome "bienal". Brasília também teve sua I Bienal Internacional de Poesia, em 2008, que se tornou a única. Cancelaram o que viria depois. Por tudo isso, prefiro "Festival de Poesia". Estou convencido de que essa palavrinha "bienal", pelo menos combinada com poesia, dá azar. Sou um pouco supersticioso, sim.
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