... no Parque Municipal: é o Ponto de Leitura mantido pela Fundação Municipal de Cultura: meia dúzia de mesas e de estantes, cadeiras e centenas de livros, revistas e jornais à disposição dos passantes. No último dia 11/12, registrei oito duplas de pais e filhos lendo juntos (além da regular centena de usuários dominicais). Isso é muito comum, mas, certamente por ter feito, há duas semanas, uma camiseta com a frase título deste texto, essa imagem me soou mais viva.
Eu tenho certeza que ler é melhor que não ler; ler mais é melhor; que um coletivo leitor é melhor; quanto mais indivíduos lerem, melhor será o coletivo; etc. etc.
Por isso me entendo melhor sabendo que sou um mediador de literatura: quando leio esperando o ônibus e durante a viagem, nas salas de espera, no trabalho (sou um cara de sorte); quando divulgo o que escrevo, falo sobre literatura ou leio em público, comento o que li e o que me falam sobre leituras; ao realizar as oficinas de contos para jovens escritores; quando reafirmo, como aqui, minha fé num mundo melhorado através da literatura, estou me dando como exemplo daquilo em que acredito.
É muito comum, também, ver pessoas passarem por entre as estantes e mesas do Ponto sem se darem conta de sua presença, como se fosse um universo paralelo. Compreensível. Nosso trabalho, nosso esforço (de formiguinhas) é fazer com que essas pessoas saibam que há este universo para que possam optar.
Pois eu já recebi uma foto de um desses leitores do projeto mencionado sentado na praça com antologia minha e de amigas. Foi uma emoção fortíssima. Sua crença é mais que crença, Mr., é sabedoria.
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