- Infiltração, vou ter que refazer parte da parede.
Água é fogo: nunca se sabe por onde entra, muito menos por onde sai. Fui analisar os danos (andava tendo problemas semelhantes no meu barraco). Noto que a infiltração tinha um objetivo claro:
- Uai, Brum (esta história se passa em Minas), parece que só os livros de poesia foram atingidos.
- Pois é, sô. Se contar ninguém acredita.
- Isso é que dá colocar os poetas contra a parede.
Das vantagens de se viver sem memorandos: falar as bobagens que se nos ocorrem.
- Pior, com parede que vaza.
- Poetas não suportam incômodos.
- Pior, incômodos úmidos.
E seguiu-se produtiva conversa a respeito de poetas, poesia, infiltrações e o mercado de trabalho da construção civil.
Em algum momento no futuro daquela tarde, percebemos que poderia ser interessante um evento:
- O poeta fica no palco, vendado; as pessoas perguntam sem que ele as veja.
- A gente coloca ele numa cadeira giratória e roda de vez em quando!
- Que tal um chicote?
(...)
Agora, tanto tempo depois, finalmente vamos tornar real o projeto de colocar O POETA CONTRA A PAREDE.
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