CADÊ O MEU?”
(À maneira de - de certa maneira - Ricardo Aleixo. Para Rodrigo Leste e Rui Werneck de Capistrano.)Quando a coisa envolve grana,
fatias de poder,
nacos de fama,
ninguém me chama.
Só sou lembrado
na hora de construir,
quando ainda não rola
o faz-me-rir
e ao projeto bem bolado
ninguém dá bola.
É, é sim.
Mas não posso reclamar,
comigo sempre foi
assim:
me anunciam uma boiada
para entrar,
e me deixam sem o mosquito
da bosta do boi
a nuvens de poeira ver
se perdendo no infinito.
A boa dica – me dão –
é ter eu mesmo a boa ideia,
criar laços de amizade
com quem sabe do milhão,
esconder a cara feia
sob o sorriso-sociedade,
ficar de bem com todo mundo,
bajulante mui exímio,
arrancar do Fundo um fundo
ou, no mínimo, aquela cota
ínfima de patrocínio.
rs. bem-vindo ao time.
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